sábado, 17 de julho de 2010

Um sonho de criança por uma bicicleta







Um sonho de criança, pela conquista de uma bicicleta
O sonho, faz parte de nossa vida, até mesmo, quando ainda somos crianças, sonhamos. Me lembro, ainda garotinho, idade mais ou menos cinco/seis aninhos, saindo com o meu pai, vislumbrava, com aquele velocípede, tri-ciclo, naturalmente, importado, de propriedade do neto do prefeito, contemplava-o, mas nunca tive a chance de usá-lo. Me sentia, impotente, mas com esperanças de um dia poder adquirir um igualzinho, mas infelizmente, cresci e não realizei esta vislumbrada esperança.
À medida que crescia, já por volta dos sete, oito nove anos, ia com o meu saudoso pai José Lidú, buscar fubá no moinho de da. Virgínia Ribeiro, e lá, se encontrava aquela linda bicicleta, preta, toda empoeirada, naturalmente, aposentada há muito tempo, pelos seus filhos o mais novo já residindo em outra cidade( Gov. Valadares), mas também, nunca cogitei com o meu pai para propor adquiri-la,meu pai muito trabalhador, mesmo sendo pedreiro, pintor, embuçador de telhados, de inúmeras casas, fazendas, Igrejas em Paulistas e nas redondezas. Possuíamos três propriedades em uma só área que correspondia, a uns 2.000 mil metros quadrados da rua Bias Fortes, numero 19. Meu pai era muito criativo, quando o seu ramo de oficial, de pedreiro o tempo não permitia trabalhar, em tempo chuvoso, ele cuidava de plantar roça à meia com os proprietários das imediações, para suprir as nossas cidades, e aí existia muita fartura, chegávamos a encher o palhol, com tuias completas de feijão e milho.
Comecei a aprender andar em uma bicicleta Monark, do meu primo preto, quando aos nove anos de idade, a bicicleta era alta para mim, e enfiava o pé direito por dentro do quadro, o que tornava ainda muito mais difícil para o equilíbrio.
Aos quatorze anos de idade, há cinqüenta anos atrás, o meu pai trabalhou em uma cidade de nome Mãe dos Homens, já algum tempo, com um novo nome Materlândia, e comprou para mim uma bicicleta usada, deixou-a lá para que eu fosse buscá-la.
Pedi ao meu primo Prêto Aguiar, para ir comigo buscá-la. Arreamos dois cavalos, e nos colocamos a caminho, cavalgamos com aquele objetivo de trazê-la. Chegando lá, retornei-me pedalando sobre a mesma, e o Preto trazendo de volta os dois animais atrelados. Revezávamos, quando um cansava, montava sobre um dos dois cavalos.
Chegando em Paulistas, comprei uma lata de tinta, e pincel, e providenciei pessoalmente a pintá-la. O meu pai, encomendou dois para-lamas novos de São João Evangelistas, e tive o sonho realizado, mesmo após algum tempo depois. Graças a Deus pelos esforços do meu Pai José Lidú (In-memorian).
Graças a Deus, depois de adulto, consegui dar de presente, muitas bicicletas, a crianças, a adultos, como solução de condução para quem as usa para trabalhar.” Não há pobre, que não possa dar, e rico, que não possa receber”.
Fotos dos meus filhos quando crianças.

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